Refúgio artístico em Ilhabela
Dentro de um pequeno condomínio costeiro, onde poucas casas compartilham o privilégio de estar à beira do mar, surge a Casa Púrpura. Ainda que sua planta seja igual à das demais, há nela uma vibração distinta — como se algo silenciosamente sagrado habitasse o espaço.
O vidro púrpura da fachada filtra a luz natural tingindo suavemente a sala, como um véu de sonho. Essa tonalidade, segundo a psicologia das cores, está ligada à transmutação, ao silêncio, ao autoconhecimento e ao equilíbrio — e talvez seja isso mesmo que se sinta ali.
No pavimento térreo, o ambiente é acolhedor e expressivo. Uma estante em dois níveis ocupa a parede principal da sala, revelando livros, arte e objetos escolhidos com cuidado. O pé-direito duplo amplifica a sensação de respiro. A cozinha aberta, o canto alemão perfeitamente encaixado à mesa de jantar e uma varanda com churrasqueira tornam o cotidiano mais gentil. Da janela, avista-se o mar.
Uma escada de madeira conduz ao mezanino, cuja passarela atravessa o vão da sala e leva aos quartos. São duas suítes confortáveis, ambas com varanda voltada para o mar. Um terceiro espaço, delicado e versátil, pode acolher práticas de meditação, leitura, contemplação ou trabalho — conforme o ritmo de quem habita.
O condomínio oferece piscina, espaço gourmet e caminhos de grama até a costeira de pedras.
Uma casa modesta, com estrutura pitoresca e alma profunda.